A Escala de Prontidão Tecnológica (Technology Readiness Level – TRL) tem se tornado uma ferramenta indispensável na indústria moderna. Ela oferece um método eficaz para avaliar o grau de maturidade de uma tecnologia, tornando-se um recurso valioso para empresas e instituições de pesquisa em todo o mundo.
O que é escala TRL?
A TRL é subdividida em 9 níveis. Essa subdivisão permite que uma tecnologia seja acompanhada durante todo o seu ciclo de vida, desde os estágios iniciais de pesquisa e desenvolvimento, passando pela validação e produção, até a comercialização final.
A escala TRL
Como a escala TRL pode ajudar em projetos de PDI?
A escala TRL ajuda a reduzir a incerteza em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). Ela facilita o entendimento entre gestores, equipes internas e parceiros externos sobre a fase de desenvolvimento de um ativo tecnológico. Com a TRL, é possível identificar os esforços e recursos necessários para avançar na maturidade de uma tecnologia. Isso potencializa oportunidades de negócios e transferência de tecnologias.
A TRL no PROPDI ANEEL:
No âmbito do Programa de PDI regulado pela ANEEL, a TRL tem um papel crucial. Buscamos alcançar o objetivo de gerar produtos comercialmente viáveis através do PROPDI. Para isso, implementamos a utilização específica do TRL para contribuir no desenvolvimento dos projetos. As definições e a escala TRL contidas no Guia de Avaliação de Maturidade Tecnológica do Departamento de Energia dos EUA serão adotadas para os projetos e ações a serem realizados no âmbito do PROPDI.
Além disso, a ANEEL determinou a necessidade das Empresas de Energia Elétrica (EEE) indicarem o TRL correspondente ao estágio de desenvolvimento de cada projeto e ação que compõe os respectivos portfólios de PDI.
Níveis de maturidade tecnológica no PROPDI ANEEL:
Estágio de desenvolvimento
TRL
Definição
Descrição
Operação
9
Tecnologia em operação conforme o estado em um ambiente real.
O desenvolvimento da tecnologia está concluído. Operação em um ambiente real, sob todas as condições realizada e finalizada.
Comissionamento
8
Tecnologia concluída e qualificada por meio de testes.
Foi comprovado que a tecnologia funciona conforme as condições esperadas, em um ambiente de testes. Uma Revisão Operacional foi concluída com sucesso antes do início dos testes a quente.
Comissionamento
7
Escala completa, demonstração de protótipo em ambiente relevante.
Foi comprovado que o protótipo da tecnologia funciona conforme as condições esperadas, em um ambiente relevante.
Demonstração
6
Engenharia/escala de lote pioneiro, validação de protótipo em ambiente relevante.
Modelo de escala de engenharia representativo testado em ambiente relevante.
Desenvolvimento
5
Escala de laboratório, validação de sistema semelhante em ambiente relevante.
Os componentes tecnológicos básicos foram integrados para que a configuração do sistema seja semelhante à aplicação final em quase todos os aspectos.
Desenvolvimento
4
Validação de componentes e/ou sistemas em ambiente laboratorial.
Componentes tecnológicos básicos são integrados para estabelecer que as peças funcionarão juntas. Ainda é uma integração relativa de “baixa fidelidade” em comparação com o eventual sistema final.
Pesquisa para teste de viabilidade
3
Estudos analíticos e experimentais e/ou prova de conceito.
A pesquisa e o desenvolvimento são iniciados. Inclui estudos analíticos e estudos em escala laboratorial para validar as previsões analíticas de elementos separados da tecnologia.
Pesquisa aplicada
2
Conceito e/ou aplicação de tecnologia formulada.
Uma vez observados os princípios básicos, aplicações práticas podem ser inventadas. As aplicações são especulativas e pode não haver nenhuma prova ou análise detalhada para apoias as suposições.
Pesquisa básica
1
Princípios básicos observados e relatados.
O nível mais baixo de maturidade tecnológica. A investigação científica começa a traduzir-se em P&D aplicados. Exemplos podem incluir estudos publicados das propriedades básicas de uma tecnologia.